Histórico da Sociedade Eticamente Responsável – SER
A primeira presidente da SER-Maringá foi a Irmã Cecília Inês Ferrazza, responsável pelo Lar Escola da Criança. Cecília atua onde o poder público não age. Ao invés do discurso, ela parte para a ação, dedicando seu tempo e energia em prol de mudar a vida de centenas de crianças e adolescentes.
As primeiras ações do grupo foram: inclusão social, responsabilidade social e educação ambiental e fiscal, além da educação para a cidadania e o trânsito, campanhas para o desenvolvimento cultural, mudança de comportamento e civismo. Destas primeiras ações o grupo avaliou a necessidade de ampliar trabalho para toda a sociedade. Surgia, em fevereiro de 2004 a SER – Sociedade Eticamente Responsável.
Foi durante a primeira gestão que foram criados diversos projetos, como peças de teatro, o concurso de redação, as feiras de impostos, o “curtas pró-cidadania”, entre outros.
Desde a sua criação, a SER sempre apostou na atitude e na educação para mudar os rumos da cidade e do país e é por meio de projetos nas mais diversas áreas que esta associação vem atingindo os seus objetivos. São vários os resultados positivos em diversas áreas, provando que a sociedade unida pode mudar uma realidade.
A SER-Maringá realiza e apoia projetos que estimulam o comportamento ético na sociedade. O principal foco dos projetos em andamento na área de Educação e Cultua é a Educação Fiscal. A missão da Educação Fiscal é “estimular a mudança de valores, crenças e culturas do indivíduo, perspectiva da formação de um ser humano integral, como meio de possibilitar o pleno exercício da cidadania e propiciar transformação social”.
A área de Educação e Cultura é prioridade para a SER-Maringá desde a sua fundação em 2004. A maioria dos objetivos contemplados no seu Estatuto tem estreita relação com essas áreas. Nesses anos de existência, diversos projetos foram desenvolvidos com o objetivo de promover a educação e a conscientização da sociedade para o exercício da plena cidadania.
Um dos primeiros projetos realizados foi o Seminário Paranaense de Educação Fiscal, que ocorreu em 2004, em parceria com o GEFE – Grupo de Educação Fiscal Estadual. Teve como objetivo conscientizar a sociedade sobre a função socioeconômica do tributo e a importância da população acompanhar a aplicação do dinheiro arrecadado com os impostos.
A partir disso, Universidades Públicas e Particulares, Secretarias Estaduais e Municipais, Receitas Federal e Estadual, OAB e outros parceiros abraçaram a ideia e levaram o conteúdo do Seminário para os diversos segmentos da sociedade, principalmente às escolas.
Palestras de sensibilização nas Escolas
As palestras de sensibilização nas escolas são direcionadas ao ensino fundamental, médio, universitários e educação de jovens e adultos. E nelas são abordados temas como cidadania, tributos, gastos públicos, pirataria, entre outros.
Mostra de Arte e Cidadania
A primeira foi realizada em 2006 em Maringá. Essa mostra é mais uma ação da SER, através da vice-diretoria Educação e Cultura, e tem como finalidade envolver estudantes da rede pública de ensino com o tema cidadania fiscal. Além de repassar informações aos estudantes, este trabalho também tem o objetivo de levá-los a se envolver, participando da criação de peças de teatro, de exposições, de redações, para que se tornem disseminadores na comunidade. Após realização do trabalho, os temas apresentados são discutidos em sala de aula através dos professores para refletir sobre o aprendizado.
Concurso Cidadania Fiscal
A primeira edição foi realizada em 2005 e contou com 7 mil inscritos. No ano seguinte, foram 20 mil. Em 2007, 21 mil e 18 mil redações inscritas e para a última edição foram 16 mil. E no ano de 2009 as inscrições foram abertas para escolas de todo o Paraná, devido ao interesse demonstrado em toda região. Os objetivos desse projeto são criar no aluno a cultura do “pensar a cidadania fiscal”, que incremente seus valores éticos e sociais, que tenham mais interesse pela gestão pública e exerçam corretamente seus direitos e deveres na sociedade.
Curtas Pró-Cidadania
Sensibilizar o cidadão para a função social e econômica dos tributos, incentivar o controle da aplicação dos recursos públicos pela sociedade e estimular a criatividade por meio da arte audiovisual são os objetivos deste projeto.
Teatro, expressão e reflexão para a sociedade:
Esse projeto surgiu da necessidade e preocupação em tratar de assuntos mais complicados de forma leve e que interessasse o público. Fazem parte do elenco funcionários públicos, professores, universitários, aposentados e pessoas da comunidade. “O Auto da Barca do Fisco” e “A Farsa que casou com a Trambiqueira” são os atos apresentados por eles.
Ações Culturais:
A área da Cultura da SER Maringá desenvolve diversos projetos com a finalidade de levar conhecimento aos mais diversos segmentos sociais, além do apoio a inúmeras ações de outras entidades. Os objetivos são apoiar as promoções culturais, como música, dança, exposições, divulgando a cultura para a população mais carente, que não tem acesso. Seus principais projetos são: “Maringá Canta, Dança e Representa”, “Arte e Meio Ambiente”, “Trânsito Seguro”, “Turma da Helena” e “Doutores da Alegria”. Em 2008, esta área foi integrada à área de Educação.
Cidadania com Responsabilidade Social:
A principal ideia do projeto é sensibilizar os cidadãos que compõem a comunidade universitária, independente se docentes, discentes, técnicos ou o corpo gerencial, para o exercício da cidadania quanto aos seus direitos e deveres. E seu objetivo é conscientizar a sociedade quanto à necessidade de contribuir ativamente para a organização e preservação do ambiente de convivência e a formação de cidadãos conscientes dos direitos e deveres e sensibilizados com a causa pública, não permitindo ou participando de atividades que venham a prejudicar a sociedade.
A principal preocupação da SER-Maringá é a não participação da sociedade, porque ela abre espaço para os abusos, para ilegalidade, impunidade e induz a consciência coletiva a considerar como sem solução as mazelas sociais.
Ação do Comitê 9840 nas eleições:
As ações do Comitê 9840 de Combate à Corrupção Eleitoral foram práticas e pontuais. O grupo trabalhou com palestras em vários segmentos da sociedade com a intenção de sensibilizar e conscientizar a importância do voto consciente e a escolha dos vereadores. Além de palestras, o grupo também utilizou formas mais interativas de falar sobre esse assunto como, por exemplo, apresentações da “Trupe de Atuadores de Rua”.
SER Atleta: Um Salto para o futuro
O projeto, realizado em parceria com a UEM, foi implantado para o desenvolvimento do atletismo na cidade, por meio de atividades com crianças carentes excluídas socialmente, contando com o apoio e parceria de entidades não governamentais e empresas. O público do projeto são crianças matriculadas em escolas municipais, estaduais e particulares, com idade a partir de 8 anos. As intenções do projeto são: evitar que estas crianças e adolescentes fiquem ocioso nas ruas, e dar oportunidade à elas de entrarem em contato com um esportes.
Parede de Escalada ajuda a superar desafios
Outro projeto realizado em parceria com a UEM é a parede de escaladas. O objetivo deste aparelho é fazer com que as pessoas que tenham perfil de medo, estresse e falta confiança utilizem a escalada como estratégia para enfrentar os “inimigos invisíveis” do dia-a-dia.
Escolinha de Futebol:
Este projeto proporciona a realização de duas competições anuais com o objetivo de desenvolver maior integração entre os participantes e estimular outras crianças a prática do esporte. Ele tem como objetivo implementar atividades sócio educacionais para preenchimento do tempo livre das crianças, promovendo a inclusão social, desenvolvimento da cidadania, do atletismo e das habilidades motoras da criança.
Observatório Social de Maringá:
Maringá possui um histórico de desvios dos cofres da Prefeitura Municipal que somam mais de R$ 100 milhões.
Motivados por esses tipos de escândalos em Maringá e pela falta de ética e transparência na gestão dos recursos públicos, fundou-se o Observatório Social de Maringá – OSM, na estrutura da SER.
O Observatório foi criado com o intuito de proporcionar à sociedade oportunidades que promovam a coesão social, por meio da transparência e zelo na gestão dos recursos públicos. Seu objetivo é despertar a comunidade para a importância socioeconômica dos tributos e para a necessidade de um aumento na eficácia de sua aplicação.
É composto por um grupo de profissionais de diversas áreas, como advogados, juízes, contabilistas, economistas, funcionários públicos federais e estaduais, empresários, estudantes, aposentados, entre outros.
A metodologia do OSM compreende três fases, que atendem desde a publicação do edital de licitação, a análise dos processos e a entrega do produto ou serviço.
O primeiro trabalho do OSM foi realizado na Secretaria da Saúde, onde foi detectado erro de digitação na ata de licitação, ou seja, o preço licitado para o medicamento, ofertado pelo fornecedor, havia sido registrado na ata por um valor acima. Com a atuação do OSM, houve uma grande restituição aos cofres públicos.
Agindo de forma preventiva através do acompanhamento das licitações e da correta aplicação desses recursos, no primeiro ano o trabalho do Observatório Social de Maringá resultou em uma economia de mais de nove milhões de reais aos cofres públicos.
Uma das conquistas mais marcantes do OSM foi a criação da Lei de Controle e Estoque. Ela favoreceu a organização dos almoxarifados, a informatização do controle de estoque, além da diminuição do desperdício dos produtos estocados e o melhor planejamento para futuras aquisições.
O ano de 2008 foi marcado pelo interesse por parte de outros municípios de seguir o exemplo de Maringá e implantar o Observatório Social. Também foi neste ano que o OSM realizou o I Concurso de Monografias Aplicadas à Cidadania Fiscal, como forma de incentivar a participação do cidadão no controle dos gastos públicos, combate a corrupção, na efetiva aplicação dos tributos e na identificação de iniciativas bem-sucedidas, colhendo proposições de políticas e ações que possam ser adotadas por governos e sociedade em qualquer entidade pública.
O Observatório trabalha de forma a conscientizar o cidadão da importância de se pagar os tributos e mais ainda, de acompanhar a correta aplicação dos recursos públicos. Percebe-se nitidamente a força de vontade, o comprometimento e a real mudança de cultura, onde todos os cidadãos estão mais conscientes em melhorar a cada dia a transparência na gestão da máquina pública.
No dia 08 de outubro 2008, o Observatório Social de Maringá foi premiado na etapa regional do Prêmio FINEP de Inovação, vencendo na categoria Tecnologia Social. O projeto disputou ainda a etapa nacional do Prêmio cujo resultado foi divulgado no dia 10 de dezembro, em Brasília.
No dia 13 de novembro de 2009, Após várias etapas classificatórias do V Concurso Experiências em Inovação Social, promovido pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas – Cepal, com apoio da Fundação Kellogg, com mais de 1.000 projetos inscritos e 13 desses classificados para a final, o Observatório Social de Maringá conquistou o 1º lugar. O evento aconteceu no campus da Universidad San Carlos de Guatemala, na Cidade da Guatemala.
Trabalho voluntário
Em 2006 o Tribunal de Contas capacitou os voluntários da SER-Maringá com treinamentos sobre as leis de licitação e fiscalização dos editais.
A SER-Maringá teve a felicidade de ter um de seus voluntários, Sr. Tutomo Tanoue, como um dos finalistas do Prêmio Voluntariado Transformador, ocorrido em Curitiba no dia 4 de dezembro de 2008.
O trabalho voluntário é primordial para o funcionamento da associação. Devido a importância do voluntário, em 2009, a SER, juntamente com a Cocamar e outras entidades participaram do curso de formação de voluntários.