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21 de abril Maringaenses vão às ruas contra corrupção
Uma manifestação contra a corrupção vai percorrer a avenida Tiradentes na manhã de 21 de abril, a partir das 9 horas, em Maringá. O ato está sendo organizado por um grupo de cidadãos e tem o apoio de várias entidades da sociedade civil e de classe, como Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subsecção de Maringá, Rotary,Lions clubes, lojas maçônicas de Maringá e região e estudantes.
O porta-voz do movimento, José Plínio Silva Filho, diz que a passeata é um grito de inconformismo e repúdio diante do desalentador cenário no trato da coisa pública, que é agravado pela impunidade. A luz no fim do túnel, lembra ele, é a aprovação da Lei da Ficha Limpa estendida para os servidores que desejam seguir carreira no funcionalismo público. Embora seja o porta-voz do movimento, Silva Filho afirma não falar em nome de ninguém e de nenhuma entidade.
A mobilização pretende demonstrar a indignação dos cidadãos contra os desmandos causados pela corrupção na gestão pública e provocar nas pessoas a consciência de suas obrigações cívicas e incentivá-las a participar mais diretamente das decisões e destinos da vida comunitária, a exemplo dos conselhos escolares, de saúde, da criança e do adolescente, do idoso, da assistência social. “Estamos em ano eleitoral. É uma boa oportunidade de fazer nosso grito ser ouvido e buscar o comprometimento de todos, principalmente dos jovens”, avalia Silva Filho.
Alguns números da corrupção
Superfaturamento de obras públicas, fraudes em licitações, compra de votos, tráfico de influência. A lista de crimes cometidos por corruptores e corruptos de todas as esferas e categorias em todo o país somente na última semana poderia preencher esta folha sem muito esforço. E, muito provavelmente, faltaria espaço para completá-la.
Publicado em 2010 pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Índice da Percepção da Corrupção estimou entre 1,38% a 2,3% do produto interno bruto (PIB) o custo médio da corrupção no país apenas naquele ano. Traduzindo: de R$ 50,8 bilhões a R$ 84,5 bilhões foram furtados dos cofres públicos para servir a interesses particulares. Tomando por base o custo estimado no cenário realista, de R$ 50,8 bilhões, seria possível investir em equipamentos e materiais para 129 mil escolas das séries iniciais do ensino fundamental, construir 918 mil casas populares de acordo com os padrões do programa Minha Casa, Minha Vida II.
Serviço
Passeata contra a corrupção
Horário: 9 horas
Saída: praça Manoel Ribas;
Ponto de apoio, descanso e manifestações: praça da Catedral;
Chegada: portões do Parque do Ingá.
Fonte: Assessoria de imprensa ACIM / Textual Comunicação