A sociedade maringaense continua sem respostas da Prefeitura acerca de gastos questionados pelo Observatório

No dia 17 de novembro do corrente ano, representantes do Observatório participaram da reunião do CAD – Conselho de Administração da Associação Comercial e Empresarial de Maringá. Uma das pautas da referida reunião era a “PRESTAÇÃO DE CONTAS PELO PREFEITO” a respeito de 03 (três) casos que o OSM vem questionando, quais sejam:

• Contratação da CBV – Confederação Brasileira de Vôlei para os jogos da Copa Brasil de Vôlei e da Liga Mundial: houve indagação sobre os valores pagos para a realização dos jogos realizados pela CBV, pois não possuíam qualquer comparação com preços de mercado, chegando-se a pagar R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para a decoração de sala VIP, sem a apresentação sequer dos itens que compunham tal decoração;

• Promoção da 17.ª Expo Aero Brasil 2014 (Feira de Aviação – Expoair): um dos questionamentos foi referente ao pagamento no valor de R$ 1.500.000,00 (um milhão e meio de reais) sem garantia de realização da feira pelos 25 anos, já que isso não consta nem mesmo no contrato assinado entre a Prefeitura e a Expoair;

• Devolução aos cofres públicos dos valores superfaturados na aquisição de câmeras de monitoramento: solicitou-se informações sobre o ressarcimento dos valores reconhecidamente pagos a maior pela Prefeitura, além daqueles não reconhecidos, como por exemplo, a diferença de preço dos postes.

Cumpre esclarecer que de há muito o Observatório vem acompanhando tais contratações, inclusive com vários ofícios encaminhados à Prefeitura com a finalidade de obter as devidas informações acerca dos gastos envolvendo tais contratos. Contudo, o Executivo Municipal não tem respondido de maneira satisfatória aos questionamentos do OSM – e, por não poucas vezes, tais questionamentos são simplesmente ignorados.

A expectativa em torno da reunião do dia 17 era grande, pois acreditava-se que, conforme previsto em pauta, o Sr. PREFEITO MUNICIPAL esclareceria os gastos com esses eventos, com sua completa discriminação. No entanto, a exposição da Prefeitura, na pessoa de seu secretariado, se restringiu a demonstrar os eventuais benefícios alcançados pelo Município com a firmação dos contratos, bem como a importância da realização dos eventos em Maringá e os ganhos para a população com a instalação das câmeras de monitoramento. Vale, porém, esclarecer que, em nenhum momento o Observatório se pautou contrário a estes contratos, buscando apenas a TRANSPARÊNCIA REFERENTE AOS GASTOS.

Reafirma, portanto, o OBSERVATÓRIO SOCIAL DE MARINGÁ que, com relação aos esclarecimentos devidos sobre pontos obscuros da destinação da verba pública, nada foi esclarecido ou demonstrado até o momento, permanecendo a SOCIEDADE MARINGAENSE sem as devidas respostas.